segunda-feira, maio 28, 2007

'A Luta Pela Perfeição'

(Ruinas de Shali (Egito) ao entardecer)
"A Luta Pela Perfeição"
Nesta manhã estava lendo um convite que chegou as minhas mãos para ir ao Egito conhecer um “Oásis Egípcio”, enquanto me divertia admirando as fotos do lugar, me veio algo à mente e vou compartilhar com vocês.

Em uma das fotos está a piscina de Cleópatra (ela nunca esteve lá). Na intenção de me convencer a ir ao Egito a pessoa dizia que eu iria visitar lugares onde esteve Alexandre o Grande.

Quantas pessoas encontramos no caminho sendo consumidas por querer ter tudo em sua vida harmonizado com o absoluto, com a perfeição nos detalhes.

Pessoas que não se tranqüilizam a não ser que seja a melhor do grupo, que esteja continuamente obcecada em ter o melhor, agir da melhor maneira e conquistar o melhor independentemente da tarefa. Ela irá exigir que todas as pessoas com quem esteja associada desempenhem cem por cento suas funções, sem erro.

Na raiz do perfeccionismo não está o desejo de ser o melhor como na maioria das vezes o perfeccionista diz. Ao contrário, está o desejo de ser aceito e, em última analise, aprovado por Deus.

Um dos modos mais fáceis de determinar se uma pessoa é perfeccionista é este: ela pode rir de seus defeitos ou de seus erros inocentes? Não estou falando de erros deliberados ou frutos de rebeldia, mas de gafes humanas que todos cometemos de vez em quando, que são parte de nossa natureza humana. Certa vez eu estava em uma aula e algumas alunas não paravam de cochichar até que certa hora elas me chamaram e pediram que eu avisasse ao professor que ele estava usando um sapato marrom e outro preto. Ah! Pediram para a pessoa errada! Eu não conseguia parar de rir até que o professor bastante invocado me perguntou o motivo de tanto riso e eu apontei para seus pés. Na hora ele ficou muito vermelho, mas logo em seguida se sentou e deu boas gargalhadas. Pessoas assim podem ir em frente. Mas quantos querem desaparecer de vergonha ou mesmo expressar ódio de si mesma e dos outros? Alguns dão um riso, mas este riso é genuíno e leve ou esse riso é sinal de constrangimento e vergonha?

O perfeccionista tem a tendência de lançar para dentro de si cada erro e pensar em seus erros repetidamente com um profundo senso de vergonha. O não perfecionista está apto a deixar o incidente para trás.

Muitas vezes esbarro com alguns perfeccionistas que ao mesmo tempo em que se programam rumo à perfeição, programam os que estão a sua volta para trilharem o mesmo caminho. Esperam que tudo esteja no seu devido lugar o tempo todo. E geralmente toleram muito pouco os erros.

Muitos ocultam seu perfeccionismo, declarando que simplesmente querem fazer o melhor, que Deus quer o seu melhor. Ora, não há nada de errado em fazer seu melhor. Certamente Deus quer nosso melhor empenho. Contudo há muitas vezes um sério problema na maneira como definem “melhor”. Melhor pode muitas vezes, ser melhor que qualquer outro. Melhor pode ser muitas vezes, melhor que alguém com quem puder se comparar.

Deus não exige isso de nós. É impossível que todos cheguem a ser o número um, e é impossível a qualquer pessoa ser o número um o tempo todo. Deus espera de nós que trabalhemos duramente, porém não vinte e quatro horas por dia. Deus espera que vivamos como testemunhas de Cristo, mas nosso testemunho é medido não pelos nossos esforços, mas pelo nosso relacionamento com Ele.

Talvez você seja alguém que está tentando ganhar a aprovação de outros e, em última análise, de Deus. Encare a realidade de que Deus não nos julga de acordo com nosso empenho. Isto é bobagem. Os homens é que gostam disso. Eu fui falar em um determinado lugar e no final fui avisada que ali estava o dono de uma editora. Ele soube que eu estaria no local e ele lê tudo que escrevo e queria me ver de perto. Graças a Deus me contaram isto apenas no final, pois minha carne poderia ter me atrapalhado. Ela poderia começar a gritar para que eu tentasse impressionar de alguma forma aquele homem. Mas como não sabia de sua presença, minha carne ficou quietinha no lugar dela.

O nosso Deus não nos julga de acordo com nosso empenho. Ele nos julga de acordo com o que temos feito em relação a Jesus Cristo. Cremos que Jesus Cristo é o nosso Salvador? Estamos nos relacionando com Jesus Cristo como o nosso Senhor? Recebemos o Espírito Santo em nossas vidas? Estamos ouvindo sua orientação à medida que nos fala a verdade diariamente?

Deus nos recompensa pela nossa obediência ao fazermos as coisas que ele nos chama a fazer. Suas recompensas são em decorrência da nossa obediência, não necessariamente pelo nosso sucesso. Nossas conquistas no reino de Deus são, na verdade, as conquistas do Senhor. Ninguém jamais salvou uma alma. Ninguém jamais curou uma pessoa. Ninguém jamais libertou alguém do mal. O Senhor é quem faz essas obras. Nossa parte é partilhar o Evangelho, orar em nome de Jesus e crer que Deus fará a obra em nosso favor. Somos meros instrumentos em suas mãos, porém a criação é Dele.
Se vou estar em terras onde Alexandre o Grande esteve ou não, não importa. O que importa é que Cristo em mim é a suprema proclamação do valor pessoal.

A Deus, que é o único sábio, seja a glória para todo o sempre por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém
Com toda a estima

Regina Lopes

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